Hoje, fui no segundo dia do II Fórum Mundial da Bicicleta, para assistir um documentário, seguido de uma conversa com a ativista americana Caroline Samponaro.
Ao chegar na Casa de Cultura, vi uma "massa" de ciclistas, com seus capacetes, mochilas e, é claro, bicicletas, muitas biciletas. Achei legal o Fórum atrair tanta gente, fiquei bem animada.
O documentário ,
Ruas Disputadas, mostra os problemas de trânsito em Nova York e como as bicicletas consistem em uma opção viável para diminuí-los
. No entanto, ao encontrar a sala onde seria exibido, fiquei chocada com o número de pessoas participando do evento - o lugar estava tão lotado que precisaram até colocar mais cadeiras! Acredito que nem os organizadores esperavam tamanha adesão.
Minha sorte foi que, depois do filme, muitos sairam, deixando um lugar para mim, então a conversa com a americana foi bem agradável. Ela trabalha na Transportation Alternatives, fundada em 1973, quando o movimento ambientalista começou nos Estados Unidos. Eles ajudaram a produzir o filme em 2006 e, desde então, foram construídos 480 quilômetros de ciclovias na cidade.
Enquanto o objetivo da organização é "tirar" espaço dos automóveis, ainda existe oposição por parte dos nova iorquinos. Eles acreditam que as ruas existem para os carros. Além disso, como não há nenhum tipo de restrição para motoristas, nem políticas para reduzir o uso do automóvel, o impacto positvo de projetos que estão sendo criados acaba diminuindo. Mesmo criando mais espaço para ônibus e "bikes", as ruas continuam congestionadas. Por isso, Caroline disse que o trabalho na Transportation Alternatives é difícil. Não é como se nada estivesse acontecendo, mas as mudanças acontecem muito devagar.
Questionada sobre o que seria mais importante, educação ou infra-estrutura, para mudar as ruas das cidades, ela respondeu que não escolheria entre os dois. "É necessário que as duas coisas andem juntas, não acredito que seja possível apenas com uma delas" falou a americana.
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Além das atividades que estão na programação (que você pode conferir
aqui), também notei uma exposição chamada Hoje Vou de Bici. São fotos de pessoas em diferentes locais de Porto Alegre, com suas magrelas, mostrando que usá-las como meio de transporte é válido.